Cap's Blog

This blog born from nothing...an idea that had coming when i visit a blog from a friend. I'll put some texts here that i feel them when i wrote them... P.S. Não me apetece traduzir para português...

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Localização: Bombarral, Portugal
  • Pires's Blog
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  • Blog Eng. Mecânica Alunos 2005 IST
  • sábado, maio 27, 2006

    Ao largo daquela noite bela e quente

    Ao largo daquela noite bela e quente,
    Sinto a imensidão do tempo passar por mim.
    Olho ao horizonte, vejo e sinto.
    Aquele odor que se entranha nas veias como o vício.
    Vício de mim, de ti.
    Perdido à deriva num mar sem fundo
    Onde tudo nos rodeia, nos une, nos afasta.

    Paraíso tropical, longínquo, inexistente.
    Irrefutável afirmação aquela que percutes,
    Lamentável situação exacerbada pela imaginação fecunda.
    Aurora renascentista, fútil.
    Réstia de iluminação, esperança, orgulho.

    Mágoas que vão ficando para trás, sujas.
    Lavar-se-ão ao som do rastilho atiçado,
    Lampião ardido, retumbante, estilhaçado.

    Fujo na esperança de um dia voltar.
    Olho para trás, sinto, morro e vivo.
    Fui, estendido ao largo do Cabo Carnaveral,
    Alegre carnaval da vida remota e suja de insígnia.

    Fui, revolto e volto.
    Ao largo da linha horizontal lá ao fundo,
    Sinto, vejo, espero, morro, rejuvenesço.

    Amo a onda que me vem abraçar para sempre.

    "Após um período de quase um ano de ausência deste blog a nível de colocação de textos aqui ficam uns novos textos escritos à revolia da música e das minhas acções contraditórias, inimagináveis, irreais..."


    Sonho ao longo da ténue linha do horizonte, renascendo para além do real. Imagino-me ali sentado numa leve brisa cavalgando pelo fluorescência eterna do pôr-do-sol dourado, alaranjado, avermelhado. Aquela paixão fenomenal pelo imaginário coberto de sonhos, delírios, ficção. Mergulho em mim, fujo da realidade que me rodeia. Embrenhado nos pensamentos, letras, notas, sons, ruídos construo algo só meu, egoísta ao ponto de quebrar todas as regras físicas, psíquicas, químicas, biológicas, filosóficas. Meras palavras vão caindo sobre os meus dedos formando uma inexequível forma escrita. A cadência aumenta a tensão formando uma enorme tempestade de sensações ofuscantes, sinceras, belas, imaginárias, inatingíveis. Quero ser pela primeiras vez apenas compreendido, ser eu no mais verdadeiro significado das palavras, escritas, ditas, evocadas, pensadas. Renego as regras, barreiras, obstáculos primordiais, necessários. Sou um vadio roubando palavras, corrompendo as leis, provocando entidades apenas com o meu pensamento. Quero fugir para longe do meu ser, do meu nascer, do meu imaginário, do meu real. Quero-te tanto imagem contígua nos meus olhos, no meu pensamento, na minha alma. Oiço, respiro, vejo, sinto, não sou nada. Imensidão escura e inerte que me atrai para o cume repentino da irrealidade. O que será tudo isto na imensidão de quem nada sabe, não teme, não sente, não respira, não vive. Sinto-me ofegado. Uma nova vaga se apodera da minha alma, pensamento, vida, realidade. Quero, vivo, sinto, respiro, olho. Sou mais um na pequena imensidão de atulhados humanos.